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UtilizadorResposta

Zoroastro

De: Porto
7/11/2007 6:49:34 AM
Como fazer um Netdeck - Parte I
Como fazer um Netdeck - Parte I
Lamentos e Mágoas

Bem sei que há pessoas ofendidas com o teor dos meus artigos mais recentes e que acham que mostrei algum desrespeito por quem pensa de forma diferente.

Em minha defesa apenas posso invocar que acredito piamente que Voltaire não se ofenderia com a minha atitude. Respeito o direito de qualquer um discordar de mim. O que não é o mesmo que respeitar as opiniões dessas mesmas pessoas. Eu nunca imporia censura ou limites à liberdade de expressão, excepção feita ao insulto gratuito e INjustificado.

Respeitarei sempre o indivíduo, desrespeitando as ideias que julgo serem erradas. Deste modo, reconheço a dignidade de cada indivíduo. E deste modo julgo ser um bom amigo, um que não te diz aquilo que queres ouvir mas o que tu tens que ouvir. Mesmo que isso me custe a tua amizade.

Mas eu também não acredito em amizades artificiais, mantidas apenas pela ocultação das nossas opiniões. Isso são relações de aparência e conveniência. E pouco ou nenhum valor têm.

Se encontrasse agora mesmo um netdecker na rua o mais provável seria que não lhe batesse, nem lhe cuspisse em cima. Talvez nem mesmo mudasse de passeio (Bem, aqui já não tenho a certeza). Se calhar, até me punha a conversar e chegaria à conclusão que tínhamos bastante em comum e que a pessoa em causa era interessante e boa companhia.

O Netdecking não é o derradeiro mal que corrompe a nossa juventude e hipoteca o nosso futuro. Há coisas bem piores. Refiro-me como é óbvio ao hip-hop.

É uma atitude racional querer levar o melhor deck para um torneio e, se o melhor deck for um netdeck, essa opção não deve ser excluída, só por princípio ou teimosia. Contra mim falo, que nunca o faria. Mas tal como disse inúmeras vezes, o meu objectivo não é ganhar, é divertir-me. Não é racional para mim gastar tanto dinheiro num baralho de cartas pré-feito que tem uma longevidade esperada de 4 meses, ou seja, até que o metagame mude. No entanto, para aqueles para quem apenas ganhar é sinónimo de diversão, não acho que devam fechar a porta ao netdeck sob pena de sofrerem grandes dissabores. Para esses o Netdecking é uma atitude racional.

O meu problema, e a minha revolta, reside na evidência que o netdeck não é o recurso final na escolha de um deck mas antes a sua primeira e única opção. Tal atitude é merecedora de todo o meu escárnio.

Como posso eu ficar indiferente perante tamanha complacência? E derrotismo?

Se pareço pretencioso, deixem-me afirmar alto e bom som, que apenas pareço. Tenho um grande sentido de auto-crítica e não me considero mais inteligente que os demais. Pelo contrário, o que me irrita é ver gente inteligente não pôr a massa cinzenta (que têm na mesma quantidade que eu) a trabalhar. E contentarem-se com a primeira escolha que lhes é oferecida sem sequer procurarem outras mais cativantes.

Essas escolhas serão certamente mais trabalhosas, e não, nem por isso vos assegurarão melhores resultados. Por isso é um risco e um desafio. Mas quem é que ao longo dos tempos ficou conhecido por ter alcançado coisas fáceis?

Haníbal Barca passou os Alpes com elefantes e invadiu a Gália Cisalpina chegando às portas de Roma. Darwin publicou a Origem das Espécies, contrariando a até então incontestada visão criacionista do mundo em seis dias, tal qual escrito no Génesis. Fernão de Magalhães circumnavegou o planeta demonstrando que a Terra era esférica.

Quem é que se lembra do nome do bebé do milénio? Na altura apareceu nos noticiários todos.

Só dos grandes feitos que desafiaram as probabilidades é que reza a história. Tudo o mais são efemérides e fait-divers.

Não, não sou um internacionalmente reconhecido criador de decks. Também não o pretendo ser. Não tenho a veleidade de pensar que o conseguiria sozinho.

Daí que preciso da vossa ajuda, tal e qual vocês precisam da minha. Porque somos uma comunidade unida por um interesse comum. E porque todos nós, precisamente por causa das nossas divergências e discordâncias, podemos contribuir com algo diferente que passaria despercebido a quem tem uma perspectiva diversa da nossa. E se assim for todos saímos enriquecidos desse debate.


Alterado a 11-07-2007 8:23:33 por Zoroastro

Pedrocore


De: Mexilhoeira grande
7/13/2007 3:17:07 PM
re
concordo com a parte em que dizes que o problema da juventude (e nao so) e o hip-hop

Mas contra netdecking nao tenha rigorosamente nada.

Acho que netdecking e bastante util

Mas claro que nao te censuro, porque tas a fazer uma critica construtiva e nao uma critica para ofender os jogadores que usam netdecking(pelo que li no artigo foi o que percebi)


Mas pronto o artigo ta muito bom


flaxh


De: Águas-Santas
7/13/2007 3:10:45 PM
re
Será que vale a pena discutir este tema?

"Mas tal como disse inúmeras vezes, o meu objectivo não é ganhar, é divertir-me."

As pessoas tem objectivos diferentes, não custa nada respeita-los.Se vêm o mesmo jogo de maneiras diferentes, não podemos censurar.

Não há maneiras melhores ou piores de ver o magic.


Alterado a 14-07-2007 17:58:47 por flaxh

]{4MI]{4Z3

De: Porto
7/11/2007 12:14:51 PM
Boas Zoroastro
Antes de mais. Não me obrigues a copiar o meu reply do antigo post...

O meu testemunho não foi nunca com intenção de insultar, mas sim de te fazer ver que não deverias ser tão crítico do netdecking. Se te sentiste insultado, acho que mais uma vez estás a levar isto a sério demais...

Continuo na minha. Rogue decks são utópicos, tu próprio acabaste por concordar, algures no teu texto, que se o objectivo é ganhar o mais certo é perder-se com um Rogue deck. Na minha ideia, quem joga, joga para ganhar, porque se perder a diversão não é total. É o mesmo que ir jogar à bola com um grupo de amigos mas a nossa equipa perder... de facto houve diversão, mas não deixa de haver um sentimento de frustração pela derrota que eu não conseguiria evitar. Simplesmente porque gosto de me divertir, mas acima de tudo, jogo para ganhar e não para ficar em primeiro dos últimos. Acho que quem não tiver esta ambição fica mais longe de atingir os seus objectivos. No entanto, não seria capaz de atropelos morais, nem de retirar aproveitamento de quem sabe menos do que eu. Já houve vezes, inclusivé, em que jogando drafts, releases entre outras coisas cheguei a corrigir jogadas adversárias porque sabia que o adversário estava a ser completamente ingénuo e que poderia tornar-se melhor se aprendesse algo mais. E acredita, tu não me conheces, mas eu digo-te, eu não sou nem nunca fui grande jogador de magic, e os meus conhecimentos do jogo são realmente escassos quando comparados com indivíduos que já defrontei.

Tudo isto, para chegar a uma conclusão final. Se a competição for saudável e não houver batotas nem aproveitamentos, a ambição de ganhar é perfeitamente normal e até saudável. A ideia de netdecking pode não ser a primeira das ideias como tu dizes ser... Talvez o seja em alguns casos, mas eu acho que todos nós já tentamos rogue decks sem efeitos práticos, salvo raras excepções que de tão raras serem eu não conheço nenhuma... O simples facto de alterar um Deck copiado da net de forma a melhor o enquadrar no metagame do local onde jogamos por si só já demonstra compreensão do jogo e esforço por parte de quem o faz...

Mais uma vez, elogio a tua escrita. O artigo está muito bem escrito. Só não consigo é concordar totalmente com o seu conteúdo. Mas tenho a certeza de que isso não representa nenhum insulto...

Fica bem.

magicbomb


De: Lagoa
7/11/2007 10:54:17 AM
re
Como fazer um Netdeck?

Devias pôr que isto é a introdução...Passas apenas de leve sobre o netdecking...
Responder

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